Trabalho na elaboração de luminárias em tubos de PVC rígido.Faço projetos de modo que a luminária fica adequada para decorar e dar vida a qualquer ambiente.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Como fazer flores de Papel.

COMO FAZER FLORES DE PAPEL PASSO A PASSO


flor de papel1
Existe muito papel sem uso na sua casa? Pois você pode fazer algumas flores usando folhas de papel sem utilidade, folhas de revista, jornal. Teste várias opções e veja qual se adequa mais à sua necessidade. Aproveite porque hoje vamos ensinar como fazer flores de papel passo a passo. Depois que fizer essa flor, aproveita também para aprender a fazer flor de papel crepom para decoração.

Material Necessário

  • Papel
  • Tesoura
  • Cola
  • Haste para fazer a flor

Como fazer as flores de papel

flor2
Corte um pedaço de papel no formato de pétala e amasse-o. Isso é necessário para o papel ficar mais maleável e para dar um efeito especial na pétala. Enrole o papel como mostrado nas figuras acima como se fosse um canudo mais aberto na parte superior.
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Corte mais uma pétala e enrole em volta da pétala anterior. Enquanto enrola, passe cola para fixar.
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Continue adicionando pétalas ao redor das anteriores e formando a flor de papel. Para as pétalas mais externas, apenas vá colando em volta, sem dobrar muito. Essa é a idéia básica. Ir unindo as petalas com cola para formar a flor completa.
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Adicione um cabinho à sua flor de papel. Pode ser um arame coberto com papel, um ramo seco, ou qualquer outro material que você tenha disponível em sua casa. Capriche no acabamento para a flor de papel ficar bem bonita.
flor6
Experimente também outros tipos de materiais para compor suas flores. Não deixe de ver a flor de papel crepom para decoração.
Fonte: www.instructables.com

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Como fazer massa de Biscuit.

COMO FAZER MASSA DE BISCUIT


Biscuit ou Porcelana Fria é conhecido como arte de modelar utilizando um tipo de massa a partir da mistura de amido de milho, cola branca para porcelana fria, limão ou vinagre e vaselina. Este tipo de massa também é conhecida como porcelana fria, pois não precisa ser cozida em forno e seca em contato com o ar.
O biscuit é uma massa de fácil modelagem manual, aceitando tingimento e pintura com diversos tipos de tintas e corantes.

Ingredientes

  • 02 xícaras de chá de cola branca própria para porcelana fria (biscuit)
  • 02 xícaras de chá de amido de milho
  • 02 colheres de sopa de vaselina líquida
  • 01 colher de sopa de caldo de limão, vinagre ou formol
  • 01 colher de sopa de creme hidratante sem silicone, que será utilizada para sovar a massa após o cozimento


Modo de preparo no forno de microondas

Dependendo da potência do seu microondas o tempo de cozimento pode variar entre 1 min e 30 segundos até 10 minutos. Faça um teste na primeira vez que cozinhar a massa, tirando a massa e mexendo a cada trinta segundos, para que ela não passe do ponto.
Misture todos os ingredientes, leve ao microondas por 3 minutos (em média) na potência máxima e mexa a cada 1 minuto.


Modo de preparo no fogão

Misture todos os ingredientes mexendo com uma colher de pau (específica para fazer a massa – não misture com o restante da louça) até desprender do fundo da panela (antiaderente) sem estar totalmente ressecada, isto é, com um pouco de cola mole. Para quem já fez massa de coxinha (salgadinho) o ponto é o mesmo.


Sovando a massa

Após o cozimento, espalhe o creme nas mãos e em uma superfície lisa e fria (pia da cozinha por exemplo ou bancada de mármore) e sove como massa de pão. Cuidado com o calor da massa para não queimar as mãos.


Dicas

A massa tem que ser sovada enquanto está quente, para ficar macia e elástica. Depois de sovada (a massa já estará morna) guarde-a em um saco plástico limpo, livre de poeiras e gorduras. Deixe a massa descansar por um dia. Retire a massa do saco plástico, seque-a e guarde em um novo saco plástico. Depois é só tingir com a cor desejada e modelar a vontade. Também pode ser modelada com a massa natural (essa que acabou de ser explicada) e ser pintada depois de seca com tinta látex, acrílica e também tinta a óleo. Estas mesmas tintas podem ser usadas para tingir a massa.
Outra opção para armazenar a massa é utilizando potes de plástico. O procedimento é praticamente o mesmo acima, só trocando o saco plástico pelos potes.
Fonte: Wikipedia

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Veja como se faz um cartão em relevo

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Quer dar um cartão junto com o seu presente, mas não quer comprar aqueles prontos? Então, veja como se faz um cartão em relevo e solte a sua criatividade!

Materiais
·         Papel colorido
·      Papel A4
·      Tesoura
·       Cola
·       Lápis
O cartão foi feito por Marly Ogawa. 

Passo 1
Dobre o papel A4 no meio.

Passo 2

A partir da parte dobrada, corte tiras de aproximadamente dois dedos de largura.
Dica: Você pode cortar em diversos formatos, nós fizemos uma pirâmide.



Passo 3
Faça uma marca a lápis no limite do corte do passo anterior e corte outras tiras do mesmo tamanho que as anteriores.


Passo 4
Dobre as tirinhas para fora e corte-as.


Passo 5

Dobre as tiras maiores para fora.



Passo 6
Abra o papel e traga as tiras para dentro, marcando a dobra.


Passo 7

Passe cola em todo o entorno do papel e cole no papel colorido.
Dica: Depois de seco, você pode escrever a sua mensagem, fazer desenhos e colorir.   





Caixinha em EVA

Caixinha em EVA.
Caixinha em EVA passo a passo para lembrancinha do dia das mães, aprenda como fazer uma lembrancinha em EVA super fácil e rápida, uma caixinha de EVA que você pode fazer como lembrancinha para as mães, lembrancinha de aniversário infantil, lembrancinhas de igrejas, lembrancinha de chá de panelas, e lembrancinha de maternidades.
caixinha em eva passo a passo
caixa em EVA
Aproveite a dica e faça essa linda caixinha de EVA para colocar bombons, jóias, acessórios de cabelo, lembrancinhas de maternidade, e brinquedinhos para de lembrancinha de aniversário servindo também como centro de mesa.

CAIXINHA DE EVA PASSO A PASSO

Abaixo você assiste a vídeo aula onde a artesã Alessandra Miotto ensina como fazer a caixinha em EVA com todos os detalhes, aproveite bem a sugestão e faça lindas caixas de EVA para lembrancinhas de diversas ocasiões:
Mais no Artesanatobrasil.net.

Caixa de presente feita de caixa de fósforo.

Posted: 21 Dec 2014 02:00 AM PST
Caxinha-presente-caixa-de-fosforo-Enfeite-de-NatalCaixinha decorativa de presente com caixa de fosforo para enfeite de Natal passo a passo.
Quer decorar sua árvore de natal? Veja esta sugestão simples e prática de fazer enfeites e decorar sua árvore de natal. Mas não fica só aí, você pode decorar a mesa e outras coisas também.
Com elas, você poderá decorar guirlandas de natal, complementar a decoração da mesa da ceia de natal, decorar paredes, e é claro deixar a sua árvore de natal ainda mais bonita, com enfeites reciclados feitos por você mesma.
Caxinha-presente-caixa-de-fosforo-Enfeite-de-Natal
Material
  • Caixa de fósforo vazia;
  • Tesoura
  • Cola branca;
  • Papel laminado vermelho, dourado ou prata.
  • Cordão de natal
Material-Caxinha-presente-caixa-de-fosforo-Enfeite-de-Natal

Passo a passo caixinha de presente

Agora, veja como é super fácil de fazer um enfeite de natal reciclado com materiais que você tem em sua casa.
Passo 1.
O primeio passo é cobrir  a caixinha de fósforo com o papel laminado como se fosse embrulhar um presente.
Embrulhar-Caxinha-caixa-de-fosforo-Enfeite-de-Natal

Passo 2.
Cubra toda a caixinha embrulhando todos os lados usando a cola branca para fixar. Não esqueça as laterais.
Quando você for cobrir os lados da caixinha corte um pouco do papel para um acabamento melhor.
Segure um pouco os lados da caixinha até que a cola seque ou coloque fita adesiva para segurar.
Dobrar-Caxinha-presente-caixa-de-fosforo-Enfeite-de-Natal
Passo 3.
Em seguida, você vai colocar o cordão dourado na caixinha cruzando assim como mostra a foto, depois, é só finalizar com um laço.
Pronta-Caxinha-presente-caixa-de-fosforo-Enfeite-de-Natal
E está prontinha a sua caixinha de presente para enfeite de natal. Agora é só pendurar onde você quiser ou colar.
Dicas:
1.Você pode usar papel laminado nas cores: Azul, verde, amarelo e prata.
2.Você pode usar fitas de cetim, ou linha de crochê se não tiver o cordãozinho dourado.
3.Para pendurar é só colocar mais um pedaço de cordão ou fio de nylon fininho e amarrar na sua árvore.
Espero que você goste da dica de artesanato de natal que eu fiz para você, curta e compartilhe para todas as suas amigas e tenha um feliz natal e um feliz ano novo.

Veja mais no Artesanato Brasil.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Dicas de Pintura e textura decorativa.


Que tal dar um efeito diferente para a sua parede neste verão? Com a pintura ou a textura decorativa, você pode transformar a decoração da sua casa e sem gastar muito. O trabalho não é complicado, mas, exige bom jogo de cintura e criatividade.
- Como são diversos os efeitos que podem ser obtidos tanto na pintura, como na textura, a complexidade do trabalho depende muito do tipo de efeito que se pretende alcançar. Mas, de forma geral, a textura decorativa envolve a preparação da parede para aplicação de uma massa específica e, portanto, pode se tornar um trabalho mais complexo, principalmente para os usuários leigos. As pinturas decorativas podem ser feitas diretamente em superfícies que já estejam pintadas, sem manchas, rachaduras ou sujeira.


Efeito jeans para mudar o visual da sua parede (Foto: Agência O Globo)
Antes de iniciar o trabalho, é preciso preparar a superfície escolhida. A começar pela limpeza de partículas de gordura, poeira, além de mofo, graxa e sabão. Se a parede for nova, é preciso esperar que o cimento seque por no mínimo 30 dias. Depois disso, recomenda-se lixar a superfície para remover qualquer resíduo.
Feita a limpeza, é hora de escolher a técnica a ser utilizada, tomar nota dos materiais que irá precisar e clicar na fotogaleria para ver o passo a passo. Cristina sugere alguns efeitos para dar à sua parede.
Textura decorativa – No trabalho de texturização, é preciso usar uma massa no revestimento de paredes que pode ser lisa ou fabricada com grânulos de cristais de quartzo. Durante a sua aplicação, o usuário consegue obter diversos tipos de efeito, que variam em função da ferramenta utilizada.
Para uso com massa para textura se destaca:
- As espátulas lisas e dentadas com as quais é possível se fazer efeitos de ranhuras e desenhos decorativos, tais como bambu estilizado, casca de árvore, fibra, juta, quadriculados, entre outros.
- A desempenadeira com abas facilita a realização dos efeitos espatulados.
- Os rolos de espuma texturizada são excelentes para se obter o efeito de chapisco.
- As desempenadeiras plásticas brancas com base rugosa facilitam a remoção das pedrinhas em texturas para realização do efeito grafiato.
Pintura decorativa – Para a pintura decorativa não é necessário nenhum tipo de massa especial. Os efeitos são conseguidos através da aplicação de tintas, glaze ou gel com ferramentas especiais.
Para uso em pinturas decorativas:
- Espuma redonda texturizada com a qual você faz efeitos esponjados, pontilhados, tramas e pátinas.
- Desempenadeira revestida de borracha é ideal para fazer espatulados com estas tintas especiais. Lembrando ainda que esta ferramenta é utilizada para fazer o efeito envelhecido em texturas decorativas prontas feitas com massa.

- Rolete de aço para efeitos jeans.

Dicas de reciclagem com latinhas.






História da Arte

A Arte Europeia na segunda metade do século XIX até à primeira grande guerra (c. 1850 – 1914)

Ter em conta a contextualização Histórico – Cultural (páginas 4-8).


  1. A evolução das artes plásticas

        A Revolução Impressionista

O Impressionismo teve a sua génese entre 1860-70, no seio de um grupo de jovens artistas que se reunia no Café Guerbois, para discutir as suas atitudes e incertezas comuns acerca da pintura.

Essas atitudes refletiram:

§  O clima politico e social onde a alta burguesia e o capitalismo alcançaram um grande desenvolvimento e se mantiveram, a par, das conquistas e dos progressos técnicos e científicos;
§  A oposição ao Romantismo, ao academismo com todos os seus cânones e ao intelectualismo social do Realismo, apesar do Impressionismo ter as suas raízes nestes movimentos.

Apelidados de Impressionistas, este núcleo de autores e amigos não constituiu um movimento na verdadeira aceção do termo, ou um grupo firmado por princípios estéticos rígidos. As suas pinturas são o reflexo da personalidade de cada um e, por isso, heterogéneas.
O que tiveram em comum foi uma pintura ligada à vida citadina moderna e às impressões sensoriais dos seus autores, fundadas num individualismo crescente, longe de peias académicas.
Praticaram, assim, um repertório constituído por paisagens, figura humana e lazeres citadinos e o mesmo interesse pela captação de uma dada realidade, parcial e sensível, que é a da luz e dos seus efeitos sobre a Natureza, as pessoas e os objetos.

O grupo impressionista era constituído por Pissarro, Paul Cézanne, Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas, entre outros. Estes pintores, logo o Impressionismo, sofreram influências dos pintores coloristas do século XVIII e da paleta límpida e clara de Turner e Constable, considerados seus precursores na representação direta da Natureza e na análise da luz; de Jonkind e Boudin e de Delacroix assim como de outros pintores de “ar livre”.

Contributos notáveis para a nova representação foram:

§  As descobertas da fotografia, que produziram na pintura novos enquadramentos e novas perspetivas cujo ponto de vista é aéreo;
§  As estampas japonesas pelo seu linearismo e forma planificada, sem claro – escuro, sem modelação e sem volumetria, e pelo decorativismo, conduziram os pintores a uma execução menos precisa e com menos detalhes;
§  As descobertas cientificas nos campos da ótica, da cor e da perceção;
§  As descobertas técnicas, como a invenção da tinta em tubo, que permitiram alterações na aplicação direta das mesmas.

A pintura impressionista procurou a captação do instante luminosos, fugaz e fugidio, em constante mutação.

Tecnicamente é caracterizada pela:

§  Procura desses efeitos através da justaposição, na tela, de pinceladas pequenas, nervosas, em forma de vírgula ou interrompidas, executadas com grande rapidez e ao ar livre;
§  Utilização de cores puras, fortes e vibrantes, retiradas diretamente dos tubos, que eram aplicadas de acordo com as leis das complementares, de modo a obter a fusão dos tons nos olhos do espectador.

Esta técnica veio permitir a captação dos efeitos coloridos da luz do Sol e da sua atmosfera e teve como resultado a dissolução da forma, da superfície e dos volumes, desaparecendo, quase por completo, a corporeidade dos objetos, pondo em evidencia os jogos “frios e crus” da luz e das iluminações, libertando – se das velhas noções de claro – escuro.

O Impressionismo foi um fenómeno tipicamente parisiense, cuja pintura teve reflexos noutros pintores.

Autores pertencentes ao grupo do Café Guerbois:

§  Manet é considerado o primeiro dos impressionistas, abandonando a gradação cromática subtil e o acabamento cuidado pormenorizado do Realismo. Trabalhou com cores fortes, ousadas, e com contrastes cromáticos entre tons claros, branco e pastéis, e os negros, desmultiplicando as pinceladas e tornando – as mais livres e intuitivas.

§  Monet, utilizou as cores aplicadas diretamente dos tubos, sobre um fundo branco, fazendo realçar a luminosidade de cada cor. A sua arte vive da vibração cromática e das pinceladas miúdas e nervosas que empasta sobre a tela, revelando um mundo fugidio, frágil e mutável da realidade luminosa.
As paisagens pintadas ao ar livre, ligadas à água e à luz nela refletida, constituem a sua principal temática assim como a análise dos efeitos da luz nas formas do ambiente.

§  Pissarro foi um paisagista, citadino e rural. De origem portuguesa, judia e crioula, executou quadros onde sobressaem as cores quentes, baças e opacas, nas quais se destaca o ponto de vista “aéreo” e, mais tarde fez algumas incursões na pintura pontilhista.

§  Sisley.

§  Renoir pintou a vida contemporânea dos lazeres da burguesia e dos nus femininos. As cenas à beira – rio e os bailes ao ar livre revelam um autor ligado à joie de vivre pintando, sobretudo, pessoas. O prazer e o otimismo foram colocados com uma técnica “fugaz e trémula”, resultado da filtragem de luz pelos arvoredos ou pela sua reflexão na água. As figuras femininas são jovens, rosadas e frescas e possuem um brilho difuso que lhes é dado pelo emprego dos tons pastel. Destaca – se como retratista dos “encantos femininos” e pela solidez dos seus nus de carnações robustas e sensuais.

§  Degas foi um desenhador exímio que se afastou do desenho difuso provocado pela pincelada nervosa e instantânea dos outros impressionistas. Construiu obras cujas composições foram influenciadas pela fotografia e pela simplicidade das estampas japonesas. O ponto de vista foi tomado “de cima”, onde abundam temas como a toillette feminina e os lazeres sociais associados ao bailado opera. Utilizou, muito frequentemente, a técnica pastel em desenhos livres e luminosos.

§  Berthe Morisot.

§  Mary Cassat.



        Neo – Impressionismo e Pós – Impressionismo

O Neo – Impressionismo

No Neo – Impressionismo a representação do instante luminoso passou a ser o elemento secundário do quadro, aumentando em contrapartida o jogo da harmonia das cores em si. Por isso, a obra deixou de ser uma impressão fugaz e passou a ser uma rigorosa construção de cores, de formas e de linhas, perseguindo as leis universais e eternas da harmonia - o ritmo, a simetria e o contraste.
A técnica é reflexiva, segura e não intuitiva, e a cor é pura.
Os temas são os da vida citadina, das paisagens marítimas e das diversões, tratados em grandes telas, executados no atelier a partir de estudos de ar livre.

§  Georges Seurat (A HARMONIA DA ARTE SEGUNDO SEURAT – A arte é harmonia. A harmonia é uma unidade de contrastes e de semelhanças no tom, na cor, na linha. Tom, isto é, claro e escuro; cor, isto é, o vermelho e a sua complementar verde, laranja e a sua complementar azul, amarelo e a sua complementar violeta; linha, isto é, a direção em relação à horizontal. A alegria nasce no tom pela predominância do claro; na cor quente; no traço, pelo movimento que se eleva acima da horizontal. A calma manifesta se no tom pelo equilíbrio do claro – escuro; na cor pelo equilíbrio do quente – frio; no traço pela orientação na horizontal. O tom adapta se à tristeza quando tem predomínio do escuro, a cor do frio e o traço do movimento descendente).

§  Paul Signac aplicou estes princípios em composições decorativas, de uma forma mais simples.

§  Pissarro, conhecido como impressionista, fez algumas incursões no Neo – Impressionismo, abandonando – o de seguida, por o considerar muito inibidor.

O Pós – Impressionismo

O Pós – Impressionismo designa um grupo de artistas de movimentos diversos, que, seguindo o Impressionismo, separaram definitivamente, a pintura da representação mimética da Natureza, acentuando a nos seus valores específicos – a cor e a bidimensionalidade. A sua origem próxima situa – se no movimento impressionista, mas reagiu contra ele pela superficialidade ilusionística da sua análise da realidade.
Analisemos os contributos de cada um destes autores e movimentos.

§  Toulouse – Lautrec foi o pintor da vida boémia da cidade de Paris. Sofreu influências das estampas japonesas na bidimensionalidade das formas e nos contornos lineares. A sua obra esteve próxima da de Degas no gosto pelo desenho, e nela sobressai o linearismo delicado das formas que ressaltam de fundos com a cor da tela ou do papel e o aproximam da linguagem da ilustração.
A temática baseia – se nos locais noturnos, nas tabernas, nas prostitutas, nos circos, nos palhaços e nas famosas cantoras e bailarinas da época, tais como Jane Avril.
A sua pintura é sinuosa e apresenta a realidade de modo critico, por vezes, brutal, tocando as raias do obsceno e do grotesco, chegando à caricatura.

§  Van Gogh. A sua obra é marcadamente expressiva pelas formas sinuosas, onduladas e flamejantes; pelo desenho anguloso e violento; cores contrastadas; técnica na qual sobressaem as pinceladas onduladas, paralelas e pontilhadas que reforçam as formas básicas.
Foi o pintor da angústia da vida, da genialidade e da loucura. Personificou a Natureza, atribuindo – lhe estados de alma visíveis nas suas obras.

§  Cézanne aprende com Pissarro a técnica e a estética impressionista, mas rapidamente as abandona em favor da análise detalhada, lenta e laboriosa da luz, ajustando as cores e os tons com grande rigor.
Pretendeu apreender a Natureza como um todo e não apenas o instante, o momento. Daí a elaboração metódica e lenta da pintura, tendo como base a cor.
Associou luz impressionista ao rigor da forma e do volume.
A técnica utilizada baseava – se na cor, aplicada com pinceladas orientadas na justa e correta posição, adaptando e corrigindo a Natureza de forma a encontrar o equilíbrio e a sua adequada colocação na tela. Pinceladas curtas, nervosas e finas.
Cézanne conseguiu uma pintura plena de autonomia em relação ao motivo que a gerou, e cujo sentido de construção seria o ponto de partida para certos movimentos da arte do inicio do século XX, como o cubismo.

§  Paul Gauguin foi iniciado por Pissarro. Esteve ligado a Cézanne e a Van Gogh mas, construiu uma arte pessoal onde se notam as influencias da estampa japonesa nas formas planas e simplificadas e no modo como as fecha com uma linha e negro – cloisonnisme – que provém da arte do vitral.
Foi o pintor da evasão, da recusa da vida moderna e da procura da pureza original no modo de vida e na pintura. Esta fuga levou – o para o Norte de França – Bretanha -, formando o grupo de Pont – Aven. Aí procurou a simplicidade da vida rural e uma arte cheia de símbolos místicos, procurou ambientes exóticos e foi para o Taiti.
A sua pintura caracteriza – se por:
o    Uma natureza alegórica, decorativa e sugestiva;
o    Formas bidimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas circundadas por uma linha a negro;
o    E cores anti naturalistas, simbólicas, alegóricas e exóticas.
    
      Para Gauguin a pintura não é a cópia da realidade, mas sim a sua transposição mágica,
      imaginativa e alegórica.

      São estas as características que fazem dele um simbolista na verdadeira aceção do termo. A
      sua arte serve para revelar o mundo do espírito, dos mitos e da magia.


O Simbolismo

A pintura desenvolvida por Gauguin e pelo grupo de artistas que com ele trabalhou em Pont – Aven e Le Puldu faz parte da forte tendência simbolista que marcou a arte europeia durante toda a segunda metade do século XIX.
O Simbolismo explica se como uma reação contra a sociedade industrializada e materialista desta época e contra o pendor representativo e objetivo da arte vigente, valorizando o mundo subjetivo e interioridade, alcançados pela sublimação da realidade visível. Neste sentido, o Simbolismo repousa as suas raízes próximas no misticismo romântico e nas conceções plásticas dos pré – rafaelistas.
Baseou – se em estados emocionais e anímicos, nas angustias, nos sonhos e nas fantasias, separando a Arte da representação da Natureza. Nos quadros simbolistas, os conteúdos – históricos, literários, mitológicos, religiosos, filosóficos ou do quotidiano – eram usados como símbolos, isto é, como indícios ambíguos eu o espectador devia descodificar. Por isso, abandonaram a pintura de ar livre e praticaram uma arte que não foi fiel o motivo que lhe deu origem.

“A obra de arte (simbolista) deverá ser:
1º- Ideísta;
2º- Simbolista;
3º- Sintética;
4º- Subjetiva.

O Simbolismo não possui unidade estilística, abarcando, para além do sintetismo de Gauguin e da escola de Pont - Aven, vários outros pintores que seguiram percursos individualizados e ainda os do grupo Nabis.

§  Odilon Redon o mais simbolista de todos os simbolistas. Executou uma arte poética onde o misterioso e o enigmático se juntam em composições delicadas, subtis e sensíveis. Uma arte que se submeteu ao inconsciente, ao mágico e ao fabuloso e que as técnicas do pastel e da gravura tão bem serviram. “Só pela vontade nada se faz em arte …”

§  Gustave Moreau foi um apaixonado do fantasioso. Os seus trabalhos, inspirados na literatura, na mitologia e na religião, refletem ao mesmo tempo sensualidade, misticismo e, até, realismo.
As suas obras enigmáticas, bastante texturadas e de cores luxuosas e brilhantes, não utilizam a linha para definir a forma.

§  Puvis de Chavannes utilizou formas simplificadas com grandes massas de cor, atribuindo à sua pintura um caráter anti naturalista.


Nabis

Também simbolista foi o grupo dos Nabis. Este formou – se na década de 1890 segundo os princípios enunciados por Paul Sérusier, que defendia as ideias de Gauguin.
Os Nabis pretenderam romper definitivamente com o Impressionismo, anunciando e preparando os movimentos que se vão seguir. E, para além de Gauguin, receberam influências de Cézanne, Gustave Moreau e Puvis de Chavannes, assim como da pintura japonesa, tomando esta última não só como fonte de inspiração, mas igualmente pelo misticismo oriental e ela inerente.
Adotaram formas simplificadas, imagens sintéticas e a pureza das cores aplicadas à pintura e ao vitral, a desenhos, em cenários, em ilustrações e cartazes. A temática, em contrapartida, não foi muito importante, embora alguns dos seus autores possuam obras com características intimistas e decorativas.

De entre os seus autores destacam se:

§  Paul Sérusier um pintor claramente influenciado por Gauguin nas formas planificadas e simbólicas que utiliza, e na cor anti naturalista.

§  Maurice Denis espalhou a cor violenta, de forma audaciosa, pela tela, sendo o desenho o resultado dessa ação.

§  Édouard Vuillard utilizou uma técnica intimista, em ambientes domésticos. A linguagem utilizada é delicada e decorativa, predominando as texturas dos tecidos e a grandiosidade dos padrões, revelando, em simultâneo, um certo clima melancólico.

§  Pierre Bonnard foi o mais importante nabi. Executou inúmeros painéis decorativos, cartazes e ilustrações. Nas suas obras suprimiu o relevo e as sombras e, como resultado isso, as figuras parecem recortadas, espalhando – se pela superfície da tela. O colorido oscila entre as cores ricas de tons vibrantes ou profundos e os tons diluídos e foscos.
Pela simplificação das formas e pelo seu linearismo, a sua obra gráfica parenta – se com a da Arte Nova.

Outros autores igualmente independentes participaram, também, nos caminhos dos primeiros movimentos pictóricos do início do século, tais como:

§  Klimt.

§  Hödler.

§  Edvard Munch, que, com as suas formas simplificadas e distorcidas, foi considerado, simultaneamente, simbolista e expressionista.

§  James Ensor, com o seu expressionismo macabro.



1.3. As Primeiras grandes tendências da pintura no século XX

O inicio do século XX ficou marcado:

§  Pelo dinamismo e euforia artísticos, devido à multiplicação das atividades ligadas à arte, feitas pelos comerciantes;
§  Pelo aparecimento de um novo homem, saído de uma sociedade citadina ainda cheia de contradições, que exigiu o retorno às origens, numa atitude artística nova;
§  Pela procura da pureza dos meios de expressão e pelo seu desligamento da realidade concreta.


O Fauvismo

A sua origem remonta a diversos ensinamentos e referências:


§  De Cézanne, a criação pictórica torna se autónoma da realidade objetiva;

§  De Van Gogh, pela cor ondulada e algo violenta e pelo individualismo expressivo;

§  E da arte oriental planificada e de contornos lineares.


Caracterização plástica
O Fauvismo pretendeu transmitir ao espectador emoções estéticas profundas através da exaltação das cores que delimitam e definem as formas planificadas. Por isso, a perspetiva é rejeitada e os artistas sujeitam – se à bidimensionalidade da tela. A expressão é dada pelas linhas e pelas cores, onde se ressaltam os efeitos contrastantes destas, pela pincelada direta e emotiva, pelo empastamento das tintas e pela ausência de modelado.

A temática não é relevante para os fauvistas e não tem qualquer conotação social, politica ou outra – é apenas pretexto para a realização plástica e mesmo as “deformações” introduzidas para transmitir sensações de alegria ou tristeza.

Este movimento durou só alguns anos. Os seus principais cultores seguiram rumos individuais, como Braque e Derain, que ingressaram no movimento de sinal contrário, o Cubismo.
Os artistas pertencentes, direta ou indiretamente, a este movimento foram: Matisse, Derain, Vlaminck, Marquet, Manguin, Dufy, Van Dongen e Rouault.

Destes destacamos:


§  Henri Matisse

§  De Van Gogh, pela cor ondulada e algo violenta e pelo individualismo expressivo;

§  E da arte oriental planificada e de contornos lineares.


Expressionismo

No século XX, surge com o movimento Die Brücke (A Ponte) na cidade de Dresden, prolongando – se, sob novas formas estéticas com o movimento Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), nascido na cidade de Munique.

Die Brücke (A Ponte)

Contemporâneo do Expressionismo nasceu como corrente de vanguarda com o objetivo de combater a arte do passado, condicionada pela tradução da realidade objetiva, renovando os seus fundamentos, rebelando – se contra a arte académica e contra o impressionismo, assim como contra as consequências nefastas da era industrial. Uma relação mais pura e direta com a Natureza.
Foram influenciados pelas formas e pelas cores de Van Gogh ( linha violenta e ondulada) e Gauguiin (antinaturalista).
Ao grupo liderado por Ernest Ludwig Kirchner e pelos fundadores do movimento – Eric Heckel, Karl Schmidt – Rottluff, Otto Müller e Max Pechstein – juntou – se Emil Nolde e formaram a associação artística Die Brücke afirmando que procuravam “a ponte que leva do visível para o invisível”.

Características comuns da produção destes artistas:

A sua linguagem foi figurativa e a realidade era colocada como fonte de conhecimento e de inspiração, com o intuito de algo que se queria criticar, contestar ou destruir – as suas obras tinham um forte pendor social (neste sentido relembrando o realismo); as figuras expressavam, por isso, os sentimentos humanos com vigor, dramatismo e até angústia, muitas das vezes até com uma certa rudeza.

A sua estética foi patética e convulsiva, revelada por figuras deformadas e aguçadas, contornadas por linhas a negro e por cores ora violentas e contrastadas, ora sombrias. O desenho devia ser dado através da cor, numa manifestação espontânea, sem prévio delineamento. A cor foi, então, a substância matérica utilizada com independência em relação ao objeto.
O vigor dramático das figuras foi dado pela supressão de tudo o que lhes parecia fundamental.

A expressão foi espontânea, temperamental, desenfreada, com espaços da tela por pintar. A obra parece a necessidade primitiva e infantil que se opôs à temática contemporânea.
Contribuiu para esta estética expressiva, “dura e agressiva”, a redescoberta da técnica da “xilogravura que acentuava as linhas simplificadas das figuras” utilizada por Emil Nolde.
O expressionismo não se confinou apenas à pintura e à Alemanha. Alargou se a outros povos da Europa e teve na literatura, na escultura e, em particular, na música altos expoentes artísticos.
A Primeira Guerra Mundial provocou a dispersão e o desaparecimento de alguns dos seus artistas. Após 1914, o Expressionismo tomou novos caminhos revelando o desespero, o delírio e a desordem sentida pelo povo alemão na guerra. Por isso há quem o designe como “Nova Objetividade”.

Principais cultores deste movimento:

·         Ernest Ludwig Kirchner;
·         Emil Nolde;
·         Schmidt Rottluff;
·         Eric Heckel;
·         Otto Müller.


Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul)

Surge na primeira década deste século na cidade de Munique impulsionado por um artista russo radicado, Wassily Kandinsky, que, juntamente com Franz Marc. Para além destes, faziam parte da nova associação Auguste Macke, o seu amigo Franz Marc e Paul Klee.
Os seus vários elementos estiveram ligados por atitudes comuns relativamente à arte, embora as suas obras não tenham características idênticas. Quiseram ver a Natureza e  Homem “numa grande unidade existencial”, pretendendo construir um quadro a partir das experiências, dos sentimentos subjetivos e das sensações de cada um, mas com um sentido global, de modo a ser compreendido por todos.
O GRANDE OBJETIVO do grupo não foi fazer uma pintura dirigida a alguma entidade ou a algum público particular, mas construir uma arte pessoal fundada na meditação que nascesse da “necessidade interior”. Pretendeu conseguir a harmonia não objetiva, espiritual.
Era o elemento artístico que deveria impor – se e não o vocabulário utilizado por cada um.
De qualquer modo, sofreram influencias dos pintores franceses como Cézanne e Matisse. Do primeiro, pela construção do espaço pictórico e, do segundo, pela magia da cor.
Como pontos comuns ao grupo fundador, destacamos:
·         A dimensão lírica da cor, a sua claridade, pura e límpida, podendo ser dura ou macia, quente ou fria, doce ou amarga, mas sempre como necessidade interior;
·         O dinamismo da forma na sua capacidade de fascinar, a sua magia interna, a sua emoção, a sua energia psíquica;
·         A reconquista da pureza da Natureza, através da figuração, em Marc, e com a tendência emotiva e abstrata da superfície.

Destas características sobressai o aspeto “decorativo” e/ou sugestivo da obra.

Principais cultores:

·         Franz Marc;
·         August Macke;
·         Paul Klee;
·         Kandinsky.


O grupo do Cavaleiro Azul, tal como A Ponte, dispersa – se com a Primeira Guerra Mundial. Neste conflito pereceram dois dos seus promissores artistas, Franz Marc e August Macke. Klee e Kandinsky continuaram as suas pesquisas plásticas tendo ingressado, como professores, na maior escola artística de sempre, a Bauhaus.


Cubismo

O Cubismo foi o movimento artístico, iniciado por Georges Braque e Pablo Picasso em 1907.

O seu nascimento oficial é normalmente marcado pelo quadro de Picasso intitulado Les Demoiselles d’Avignon, onde se notam duas grandes influências do Cubismo:
·         Por um lado, da obra de Cézanne (fase inicial), cuja arte se caracteriza pela análise das formas e dos planos construídos por meio da cor;
·         E da arte africana, com as suas formas simplificadas, volumétricas e duras.

Estes dois autores, Braque e Picasso, desenvolveram uma arte marcada pela análise de paisagens e objetos nos quais se fizeram sentir as reminiscências analíticas de Cézanne: “Tudo na Natureza pode ser reduzido a cones, esferas e cilindros”. Daí chamar – se a esta fase Fase Cezanniana. As pinturas deste período, constituídas por paisagens e casarios, são definidas por grandes planos de cor.

Entre 1909 e 1912, desenvolveu se a Fase Analítica, definida pela visão simultânea e multifacetada doa vários aspetos do motivo observado, fazendo com que o objeto aparecesse na tela como que quebrado ou explodido. Com o objetivo da procura da verdade visual do próprio objeto. O artista não o representa apenas pelo que vê, mas sobretudo, pelo que dele conhece. As cores empregues são sóbrias, aparecendo o quadro quase monocromático, trabalhado em tonalidades de uma cor – base, quase sempre ocres, terras e cinzentos – esverdeados.
Os temas mais comuns, nesta fase, foram as naturezas – mortas com objetos do quotidiano, tais como garrafas, copos, instrumentos musicais.

Por volta de 1912, uma nova tendência começou a introduzir nas suas telas alguns elementos estranhos à pintura. São letras, bocados de madeira, panos, cartas de jogar, pautas de música, pedaços de jornal, embalagens de cigarros e de fósforos, bilhetes, etiquetas, areia, etc. Estes elementos, pintados ou de matéria concreta tiveram como objetivo estimular visualmente o espectador.
É por este motivo que a pintura cubista foi designada por pintura – objeto, devido ao seu desligamento da Natureza. A pintura não visou a decoração ou expressão, mas a realização. Esta fase das colagens, deu – se na passagem do Cubismo Analítico para o Cubismo Sintético, a segunda grande fase deste movimento, e que tem como representante máximo Juan Gris.

Este pintor impôs ao Cubismo uma intelectualização contrária à arte intuitiva de Picasso e de Braque. É a fase intitulada Cubismo Sintético. Juan Gris afirmou que, ao contrário de Cézanne, “fazia de um cilindro uma garrafa”. Esta atitude constituiu uma viragem no movimento cubista. Os sólidos de Cézanne eram, nesta fase, o ponto de partida e não o ponto de chegada (que era na Fase Cezanniana): depois, passaram a ser, ainda, mais sintéticos e, gradualmente, substituídos por formas geométricas simples: o quadrado, o triângulo e o retângulo. O Cubismo transformou se numa arte intelectualizada, com formas fornecidas pela razão e cada vez mais abstratas, ligadas à mentalidade rigorosa matemática dos seus autores.
A par das formas simplificadas surgiu a cor vibrante, em sobreposições e transparências de planos. A emoção volta a aparecer na pintura “pela mão” da cor, resultado da simplificação das formas, da redução dos planos e das linhas puras, extraindo tudo o que era acessório, inútil ou decorativo.

Esta abertura à cor e o aparente estatismo levaram alguns autores a formular novas atitudes que estariam mais de acordo com a vida moderna. Essas ideias foram expressas em dois movimentos que estiveram próximos no modo como abordaram a cor. São eles o Orfismo¸ do casal Delaunay, e a Secção Áurea. Baseavam se na medida e na organização metódica propostas pelos próprios renascentistas. Esses ensinamentos falavam da visão piramidal do Homem, sendo o olho humano o vértice de inúmeras pirâmides vindas de cada um dos objetos observados. Esta conceção da visão implicou a substituição os planos estáticos do Cubismo por outros com ritmos piramidais que decompõe as figuras.

Os autores que aderiram a esta linha de pensamento foram Gris, Marcel Duchamp, Delaunay entre outros.

O Orfismo, derivado da Secção de Ouro, teve na cor o elemento principal da sua arte. Aliou o lirismo à exaltação harmónica das cores, em justaposições de círculos órficos abstratos, de sentido cósmico. Os seus únicos representantes foram o casal Delaunay, que marcou esteticamente alguns pintores portugueses como Eduardo Viana.

O Cubismo diluiu se enquanto movimento, no entanto, Georges Braque manteve – se fiel à visão facetada dos objetos durante toda a sua vida, construindo uma arte sólida e equilibrada. Já
Picasso continuou uma arte multifacetada.


Futurismo

O Futurismo nasceu em Itália e foi um movimento que se manifestou primeiramente na literatura e mais tardes nas artes plásticas. O seu surgimento foi marcado pelo Manifesto Futurista do poeta Marinetti.
Em 1910, surgiu o Manifesto dos Pintores Futuristas, subscrito pelos pintores Umberto Boccioni, Carlo Carrá, Gino Severini Giacomo Balla e Luigi Russolo. Propunham se a lutar contra qualquer forma de tradição, inclusive o Cubismo, fazendo a apologia da máquina, da velocidade, da luz e da própria sensação dinâmica.

Pretenderam:

ú   A libertação e a exaltação de energias;
ú   A exaltação o presente, da velocidade e das formas mecânicas, a vida moderna;
ú   Expressar a “simultaneidade dos estados de alma na obra de arte.

Foi portanto um movimento de rebelião ativa e de afirmação das novas e modernas energias da existência, aproximando – se, em termos emocionais, dos expressionistas mas, em termos visuais e plásticos, assemelhando se ao Cubismo que combateu.
Por isso a sua plástica esteve contida na noção de mudança e os temas recorreram a qualquer assunto que implicasse velocidade e dinamismo.

Para tal utilizaram:

ú   Os recursos da fotografia e do cinema, na sobreposição de imagens, ora fundidas ora encadeadas;
ú   A mobilidade no contorno das formas que aparecem e desaparecem, sendo o observador transportado para o meio do quadro.

A nível formal:

ú   Os arabescos contorcidos, as linhas circulares emaranhadas, as espirais e as elipses, a geometrização dos planos em ângulo agudo;
ú   As cores muito contrastadas entre os vermelhos estridentes, os verdes intensos, os amarelos e os laranjas – vivos;

As ideias da Vanguarda Futurista disseminaram – se por vários países da Europa, em particular na Rússia e têm em Malevitch um dos seus representantes. Terminou em 1916 reaparecendo no pós guerra pela propaganda de Mussolini.
Dos autores destacamos:

ú   Umberto Boccioni;
ú   Giacomo Balla;
ú   Carlo Carrá;
ú   Gino Severini.



1.4. A Escultura desde 1870 até à Primeira Grande Guerra  (páginas 62-67)















































2.     A Arquitetura da Revolução Industrial: O Ferro e o Vidro

Na segunda metade do século XIX, a arquitetura europeia evoluíra segundo a estética romântica, explorando os estilos históricos ou revivalistas e os ecletismos até finais do século. Os programas de ensino defendiam que a arquitetura artística devia preocupar – se fundamentalmente com as questões formais e estéticas da edificação minimizando os problemas construtivos, meramente técnicos ou estruturais. Por meados do século, o arquiteto alemão Friedrich Schinkel escrevia: “Ao desenvolver uma ideia para uma determinada obra […] se partir da finalidade trivial, imediata e puramente construtiva [...] obviamente surgirá algo seco e rígido, falho de liberdade e carente de dois fatores essenciais em arquitetura: o histórico e o poético!”
Colocando – se numa posição de dúvida e de rejeição em relação às potencialidades estéticas dos modernos matwriais e seus sistemas construtivos, os arquitetos perderam, por isso mesmo, a oportunidade de se modernizarem, acompanhando o seu tempo.
Essa inovação haveria de ser ensaiada por outro tipo de profissionais – os engenheiros.
Com efeito, o século XIX, tendo sido o século da explosão demográfica, da industrialização, dos transportes e do crescimento urbano, lançou novos e estimulantes desafios no campo da construção:

ú   Nas cidades, surgindo assim a construção em altura;
ú   A necessidade de implantação de novas infra – estruturas materiais para a produção e para o transporte: fábricas, armazéns, estufas, silos, gares de caminho – de – ferro, alfândegas, mercados, pontes, pavilhões temporários para exposições…

Os criadores dessas novas tipologias foram os engenheiros. Profissionais novos saídos do ensino moderno e atualizado das Escolas Politécnicas, os engenheiros eram portadores de uma maior preparação cientifico – técnica que os capacitou de utilizar as potencialidades que a época lhes oferecia:

ú   A Aplicação de saberes científicos obtidos no ramo da física mecânica, da resistência e comportamento dos materiais, da geometria, da matemática;
ú   A utilização de novos equipamentos e novos meios construtivos;
ú   O aproveitamento de novos materiais, produzidos industrialmente e por isso mais baratos, como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, até  meados do século e, posteriormente, também o aço, o cimento armado e o betão.
      A todas estas condições juntaram uma visão mais pragmática (menos poética), mais racionalista
      e funcionalista (pode não ser bonito mas tem que ser útil), em relação às construções.

Desde finais do século XVIII que o ferro começara a ser aplicado nas construções utilitárias. Produzido industrialmente, apresentava – se sob a forma de barras lineares, de secção em I, que se podiam associar entre si através de cantoneiras metálicas, criando estruturas construtivas resistentes, facéis de montar e adaptáveis a todas as dimensões e formas.
A resistência e funcionalidade comprovadas nas pontes fizeram pensar na utilização do ferro para a estrutura de grandes cúpulas e outras coberturas arrojadas.

O Exemplo Carismático do Palácio de Cristal de Londres

Obra considerada como paradigma desta arquitetura do ferro e do vidro.
O que parecia inalcançável para os 245 projetos que se apresentaram ao concurso convocado para o efeito, Paxton conseguiu – o ao racionalizar o sistema de construção, com a novidade de introduzir elementos prefabricados e de recorrer à proporcionalidade de todas as medidas, e à polifuncionalidade dos elementos, com os pinázios das janelas feitos em tubos de fundição aproveitados como tubos de drenagem para a água da chuva e os vigamentos horizontais do primeiro piso como coletores. Tudo isto representa uma poupança considerável de material, de mão – de – obra e de tempo de construção, ao mesmo tempo que repercute no seu incrível baixo custo.
Mas a sua grande contribuição, para além destas inovações técnicas, residiu na criação de um espaço amplo, diáfano, ilimitado, sem solução de continuidade, ao eliminar a tradicional distinção entre espaço interior e espaço exterior; Paxton, mais do que construir um edifício, parece ter delimitado um espaço em que “qualquer material se confunde com o ar”. O Palácio de Cristal está significativamente mais próximo do sentido dinâmico da pintura impressionista do que da clássica alternativa cheio – vazio que define a arquitetura tradicional.
Este caráter etéreo impressionou favoravelmente a maioria dos visitantes e enviados especiais que, com as suas descrições o difundiram por todo o mundo, convertendo – o em paradigma de modernidade.

Em termos de arquitetura, as construções em ferro e vidro traduziram duas tendências inovadoras:

ú   Aquela que corresponde à necessidade de modernizar os sistemas e processos construtivos, aproveitando os recursos da industrialização e o avanço da engenharia. Esta modernização fez – se: pela aceitação do esqueleto construtivo em ferro, e pela utilização da construção modular e de elementos prefabricados e estandardizados, que primam pela funcionalidade e resistência, possibilitando a construção em altura e o desenvolvimento de novas tipologias;
ú   E o desenvolvimento de novos gostos e outros conceitos estéticos. O ferro substituiu a ideia de volume plástico fechado, ligada à construção em pedra, pela da linearidade dinâmica e estrutural das suas longas e finas barras que, aliadas ao vidro, pareciam, numa perspetiva impressionista, desmaterializar os volumes arquitetónicos, interpenetrando – os de luz e ar.


2.2. O Movimento Arts and Crafts

No século XIX, o processo de fabrico industrial invadira todos os setores da produção, nomeadamente os dos objetos utilitários que podiam, simultaneamente, ser portadores de intenções decorativas e artísticas. Fabricados massivamente e em série, estes objetos primavam pelo exagerado ornamentalismo, pela vulgaridade da forma e pela falta de originalidade e de gosto.
John Ruskin e William Morris foram os mentores e dinamizadores de um movimento que, durante a segunda metade do século XIX, pugnou contra a influencia da industrialização na arte (separação entre a criação e a execução; falta de originalidade e qualidade estéticas; vulgarização do conceito de arte), procurando a sua revalorização pela separação total entre a arte e a industria e pela ligação intrínseca entre a criação artística de uma obra e a sua execução técnica.
Formados na estética romântica e medievalista, lutaram por uma arte pura, assente na criação e na conceção individual cujos princípios gerais se deviam aplicar a todas as modalidades artísticas (conceito de unidade das artes). Para isso a arte e os artistas deviam rejeitar os processos industriais e seus materiais, regressando ao processo criativo das corporações medievais, ao uso exclusivo de materiais naturais e ao fabrico de peças únicas e originais, pelo método artesanal. Propuseram como fonte de inspiração o folclore e as tradições populares de cada país.
Adeptos ativos do Socialismo, atribuíam à arte uma função social importante: a de melhorar as condições de trabalho da classe operária e a de educar o sentido estético do povo e aumentar, assim, a qualidade da vida material.
William Morris, foi na segunda metade do século XIX, o maior dinamizador das artes aplicadas, que revalorizou como peças fundamentais na criação dos ambientes arquitetónicos e na crescente dimensão estética da vida quotidiana.
Estava assim lançado o movimento Arts and Crafts. Na Inglaterra salientaram – se a Century Guild e a Art Worker’s Guild. Foi sob a influência destas oficinas que germinaram as raízes da Arte Nova e do Design.
Os princípios artísticos de Morris e as produções saídas dos ateliers por eles norteados deixaram importantes contribuições no campo da arquitetura, do urbanismo (conceção da cidade – jardim).

Na arquitetura, notabilizaram – se pela construção de moradias familiares rústicas que seguiam a tradição rural inglesa, que remontava à Idade Média. Defendiam a utilização de processos construtivos tradicionais e de materiais naturais primando pelas formas irregulares e telhados de água pronunciados, estas moradias possuíam espaços interiores orgânicos e funcionais, valorizados por uma decoração homogénea onde o mobiliário, o papel de parede, os estofos, as cortinas, os tapetes e os demais objetos úteis obedeciam aos mesmos critérios formais e estéticos.

Nas artes aplicadas, privilegiaram – se critérios de simplicidade e pureza formais, associados a motivos decorativos inspirados nas plantas, nos pássaros e noutros animais, organizados em densos e complexos padrões de desenho plano e linear. Foram notáveis nos têxteis, no papel de parede e no mobiliário.

Apesar da sua evidente qualidade artística, estes produtos não conseguiram competir, no mercado, com os seus congéneres industriais. A qualidade dos materiais em que eram feitos e o elevado custo da mão – de – obra artesanal e manual que empregavam oneraram de tal modo a produção que o seu consumo se reduziu a um grupo muito restrito de pessoas – as que possuíam dinheiro e bom gosto suficientes para aceitarem pagar o seu alto preço.



2.3. Modernismo e a Arte Nova

Foi na transição entre o século XIX e o século XX, que as sociedades europeias viveram um momento particularmente feliz que a história apelidou de “belle époque”. À paz e à aparente estabilidade politica deste fim de século somavam – se as conquistas do progresso cientifico, técnico e económico, instalando um clima de otimismo e confiança no futuro que proporcionou extraordinárias inovações no campo da Arte.
Foi este clima que instalou o Modernismo (caracterizado pela sua oposição às artes académicas tradicionais e pela procura da inovação e da criação descomprometida, acompanhando o desenvolvimento cientifico e tecnológico do seu tempo), um movimento cultural e artístico que atingiu todas as artes e que ficou marcado pela rutura com a tradição na procura de novas expressões – formais, técnicas e estéticas – que melhor correspondessem ao progresso e aos novos gostos que as sociedades ocidentais haviam desenvolvido. Esses gostos privilegiaram a sensibilidade e a fantasia, o refinamento estético e a imaginação, num claro gosto pelo decorativo e pelo pitoresco.

Modern Style na Inglaterra; Art Nouveau na França e na Bélgica; Jugendstile na Alemanha; Sezession na Áustria; Liberty e Floreale na Itália; simplesmente modernismo na Espanha. Apesar de serem escolas com princípios e objetivos diferentes, têm também princípios unificadores.
O primeiro foi o da inovação formal, numa forte atitude de originalidade e criatividade, mas também de rejeição dos estilos académicos, históricos e revivalistas da sua época. As novas formas inspiravam – se na Natureza e no Homem, com preferência pelas estruturas e texturas orgânicas, e pelos movimentos sinuosos e encadeados, captados no seu dinamismo expressivo, através de linhas e formas estilizadas, sintetizadas ou geometrizadas.
O segundo foi o da adesão ao Progresso e recurso às novas técnicas e aos novos materiais (ladrilho cozido, ferro, vidro, betão e outros) que usava estrutural e decorativamente, sem disfarces tirando partido da sua resistência e eficácia, mas também da sua maleabilidade e sentido plástico.
Por último, a adoção de uma nova estética que expressava através da linha sinuosa, elástica e flexível, estilizada ou geometrizada, na procura do movimento, do ritmo, da expressão e do simbolismo poético, num claro intuito decorativo que apelava à sensibilidade estética e à fantasia do espectador. É daqui que parte a Arte Nova.

Outras influências formais e estéticas do gótico flamejante (expressividade das linhas sinuosas), do rococó (naturalismo e requinte decorativo), das pinturas japonesas (desenho gráfico, bidimensionalidade, naturalismo e decorativismo) e do folclore tradicional inglês, de inspiração celta (como já tinha sido feito no movimento Arts and Crafts).


A ESSÊNCIA DA ARTE NOVA
A essência da Arte Nova é uma linha, uma extensa curva sinuosa que se encontra em cada design deste estilo. A Arte Nova rejeitava a ordem da linha reta e do ângulo reto, a favor de um movimento mais natural. Quer estas linhas tenham sido usadas em pinturas realistas de formas naturais, quer como formas abstratas e evocativas de uma vitalidade orgânica, a ênfase centrava – se no desenho decorativo, bem como na uniformidade, uma superfície em que esta preocupação pelo linear – a linha da Arte Nova – se podia desenvolver. A solidez, o volume, a continuidade, qualquer ligação com o peso ou a estabilidade ou a quietude opunham – se ao estilo da Arte Nova.
A insubstancialidade da linha era mais bem explorada com materiais maleáveis, leves, ou com os que se podiam adaptar desse modo. Era, na essência, um estilo gráfico de decoração que se transferia para uma variedade de objetos sólidos. Esta linha curva e fluente trouxe consigo um sentimento de delicada leveza, elegância e liberdade.

Exprimiu a modernidade numa fórmula onde estética e técnica, tradição e inovação se misturavam em doses iguais. Implantou – se solidamente nos centros urbanos como símbolo do seu modo de vida, e nas zonas mais atingidas pelo desenvolvimento industrial, comercial e capitalista, de onde sobressaem Bruxelas, Paris, Glasgow, Berlim, Munique, Viena, Milão, Barcelona e Nova Iorque e Chicago. Cedo se transformou numa moda que aplicou a sua estética a todas as modalidades artísticas.



2.3.1. Arquitetura

A nível técnico, homologou os sistemas, as técnicas e os materiais próprios da engenharia – ferro, vidro, aço, betão e betão armado – usando – os como materiais estruturas e de acabamento, e tirando partido deles pela suas ductilidade, maleabilidade e capacidades expressivas.
A nível formal, partiu das plantas livres onde as dependências se distribuíam orgânica e funcionalmente, favorecendo os volumes irregulares e assimétricos.
A nível estético, proclamou o império da ornamentação. O ornamento foi elemento indissociável desta arquitetura, mostrando – se exuberante na quantidade; volumétrico ou bidimensional, estilizado ou geometrizado no desenho; sinuoso, movimentado e expressivo na linguagem plástica; imaginativo, naturalista, orgânico, simbólico e poético nas temáticas, de modo a criar ambientes elegantes e refinados onde nenhum pormenor era descuidado: “unidade das artes”.
A importância e o peso da decoração não impediram que esta tivesse também um marcado cunho estruturalista em vez de ocultar as estruturas e as zonas constitutivas do edifício, a decoração se aproveitava delas e as realçava numa perfeita aliança entre forma e função.

Características gerais, duas tendências:

ú   Aplicando os novos materiais e os modernos sistemas construtivos, colocou a tónica na estética ornamental, floreal, naturalista e curvilínea;
ú   Mais racional e foi sobretudo estrutural, geométrica e funcionalista, sem contudo abandonar o ornamento.


Escolas e os autores mais significativos:

ú   VictorHorta;
ú   Henry Van de Velde.

Do modernismo catalão, os arquitetos:

ú   Domenech i Montaner, pela simplicidade funcional das formas e pelo uso de materiais locais, como o ladrilho cozido de cor avermelhada.
ú   Antoní Gaudí, pelo seu estilo muito pessoal, onde predominam as influências locais de raiz gótica e mudéjar, ressalta a organicidade das plantas e das construções, o naturalismo e o pitoresco das formas ornamentais, a mistura original de materiais onde o betão, o ferro, o vidro e as madeiras se combinam com o tijolo, as cerâmicas e os azulejos multicolores. Imaginativos, excêntricos, sugestivos e evocadores, os seus edifícios assemelham – se a gigantescas esculturas de enorme poder expressivo. De tal modo que foi apelidado de arquiteto expressionista, arquiteto – escultor e arquiteto – poeta.

Escola de Glasgow

Destacou – se pelo Grupo Quatro, ou Grupo de Glasgow, uma associação de artistas (arquitetos, pintores – decoradores) onde sobressai o génio de Charles – Rennie Mackintosh. Este desenvolveu uma arquitetura assente em estruturas ortogonais de ferro, com paredes lisas de pedra e grandes superfícies envidraçadas, volumes geométricos, interiores deslocáveis e decoração contida.

Escola de Chicago

Incentivados pela necessidade de renovação urbanística do centro da cidade de Chicago, destruído por um brutal incêndio em 1871, os jovens arquitetos americanos desenvolveram uma arquitetura nova. Partindo de experiências anteriores estudaram e aplicaram novos sistemas de alicerçamento, cimentação, resistência e isolamento, aperfeiçoaram os esqueletos construtivos em ferro e aço, de linhas ortogonais, libertaram totalmente os muros do seu papel de suporte, rasgaram as fachadas em fachadas – cortina e deram maior liberdade às plantas dos pisos, com divisórias amovíveis.
A modernização dos sistemas e das técnicas permitiu a crescente construção em altura até ao nascimento dos característicos arranha – céus. Exteriormente marcava – os a regularidade horizontal e vertical das longas filas simétricas de janelas.
Na “Escola de Chicago” iniciou a sua carreira um dos arquitetos mais influentes do século XX, Frank Lyod Wright.



2.3.2. As Artes Aplicadas

Uma das maiores contribuições do Modernismo, e particularmente da Arte Nova foi a importância das artes aplicadas, sendo – lhes atribuída a monumentalidade das artes maiores – arquitetura, pintura e escultura.
Continuadores de Morris, os artistas da Arte Nova foram defensores da unidade das artes e esbateram as barreiras entre as diferentes modalidades. Muitos foram arquitetos, designers e decoradores; ou pintores, escultores, ourives e gráficos, ou todas essas coisas em tempos simultâneos, numa visão integrada (a tal união das artes) e sem distinções.
Nascidos numa época de produção industrializada e de consumo capitalista, os artistas da Arte Nova quiseram  revalorizar os objetos concedendo – lhes qualidade formal e estética, mas trabalhando – os e produzindo – os para a industria e em união com a industria (os objetos são produzidos industrialmente mas com qualidade estética).
Foi assim que em muitos países apareceram tentativas de empenhar artistas, artesãos e industriais na criação de objetos úteis, funcionais e estéticos que pudessem ser produzidos industrialmente, contribuindo para a qualidade estética do quotidiano. Atribuíram – se – lhes as conceções estéticas e formais da Arte Nova, é possível distinguir, entre esses artistas e escolas tendências e particularidades diferentes, tendendo a mascarar a forma e o rigor conceptual da “forma que segue a função” e respeita as características materiais.

Na França, destaca – se a Escola da Nancy.
Na Alemanha, a Escola das Artes Aplicadas, de Veimar, e a Deutshe Werkbund.
Em Viena, a Wiener Werkstätte.
Em Nova Iorque a Tiffany.

Paradoxalmente, foi essa excessiva divulgação que marcou o seu declínio.  Tornada moda, vulgarizou - se e por isso perdeu qualidade estilística. Copiados em formas cada vez menos depuradas.



















































3.     A Arte portuguesa: da permanência do Naturalismo ao Modernismo (c.1880 – 1930)

Na segunda metade do século XIX, Portugal conheceu novas perturbações – marcadas pela ditadura de João Franco, pela contestação republicana, pelo Regicídio, pela implantação da República, pela intervenção na Primeira Guerra Mundial e pela instauração do Estado Novo (ditadura Salazarista)

As artes foram as mais prejudicadas:

ú   Pelo desfasamento cronológico entre os diferentes movimentos europeus e o conhecimento que deles tiveram os nossos artistas;
ú   Pelo tipo de obras produzidas, ligadas “aos esquemas naturalistas nas artes figurativas, a uma mentalidade historicista e eclética na arquitetura e a um gosto e cultura arcaizantes nos seus métodos de produção e nas suas possibilidades de consumo”, e até porque o público comprador era pouco conhecedor;
ú   Pela pouca projeção dos seus autores (como era possível projetar os nossos autores num país em que o povo não tem sensibilidade estética?);
ú   E pelo ensino anquilosados, submetido à tradição e ao respeito pela experiência e pela longevidade de alguns professores.

Tudo isto provocou a permanência do Naturalismo mas houve alguma contestação, alguns “inconformistas”, sobretudo na literatura (Eça de Queirós, António Nobre, Florbela Espanca, Mário de Sá – Carneiro e Fernando Pessoa) e no musical (Viana da Mota, Alfredo Keil, Luís de Freitas Branco e Fernando Lopes Graça), mas também nas artes  (artes plásticas sobressaem Malhoa, Pousão, António Carneiro, Amadeo de Souza – Cardoso, Almada Negreiros e Eduardo Viana; na arquitetura, mais tardiamente, Ventura Terra, Adães Bermudes e Marques da Silva).
É a ação destes inconformistas que, a partir de 1915, na pintura, e cerca de 1925 – 30, na arquitetura, possibilitou começar a falar – se de Modernismo, assim como uma série de eventos artísticos importantes, ocorridos a partir de 1900. Salientamos:

ú   A Exposição Livre, organizada por um grupo de pintores que estiveram em Paris, mas que continuaram próximos do Naturalismo;
ú   O 1.º Salão de Humoristas em 1912 e depois a Exposição dos Humoristas e dos Modernistas;
ú   A criação do Museu Nacional da Arte Contemporânea em 1911;
ú   A presença dos Delaunay em Portugal;
ú   A publicação de importantes revistas, como A Construção Moderna;
ú   O concurso do Pavilhão de Portugal para a Exposição Internacional de Paris;
ú   A criação da Sociedade dos Arquitetos Portugueses em 1912;
ú   A fundação dos Prémios Valmor de arquitetura, em 1902;
ú   A introdução das novidades tecnológicas como o ferro, o vidro e o betão armado, aplicados em projetos de vanguarda.

Se estas novas tecnologias permitiam o aparecimento da arquitetura do ferro e do vidro e, de seguida, da Arte Nova em Portugal, a continuidade da mentalidade historicista e eclética proporcionou a criação de algo original, da tipologia da “casa à portuguesa”, reforçada com a instauração do Estado Novo e a “nacionalização” da arte proposta por este.

3.1. A Evolução das Artes Plásticas

3.1.1. A Pintura

Os pintores do século XIX e das primeiras décadas do século XX conheceram as correntes artísticas europeias, mas permaneceram mais ligados ao Naturalismo – a um naturalismo sentimental e romântico (naturalismo sentimental à portuguesa).
Mas alguns artistas procuraram outros caminhos. Uns realizaram obras com laivos impressionistas, como Malhoa e Pousão, que cedo se aproximou de Manet, de Pissarro e mesmo de Cézanne. Alguns seguiram o modelo e o sentir simbolista e expressionista, como António Carneiro, naturalista que desenvolveu uma temática religiosa e mística, sob a influência de Puvis de Chavannes, dos Nabis e de Munch, enveredando pelo Simbolismo e, mais tarde, também pelo Expressionismo. Outros ainda perseguiram várias correntes, como os pintores da chamada Primeira Geração Modernista. Destacamos: Eduardo Viana, Amadeo de Souza – Cardoso, Santa – Rita Pintor e Almada Negreiros. Ma literatura foram Mário de Sá Carneiro e Fernando Pessoa que introduziram o Modernismo e o Futurismo com a publicação da revista Orpheu, o que contribuiu para que o Futurismo literário tivesse uma existência mais plena do que a da pintura.
A polémica levantada por estes “modernistas” agitou os meios artísticos portugueses, contribuindo para uma primeira renovação da nossa pintura. Acentuou – se a tendência para simplificar a linha, libertar a composição da narrativa, valorizar as cores claras e contrastantes em desfavor da perspetiva, aproximando o dundo da figura.

Alguns dos pintores:

ú   Eduardo Viana – inicialmente era um pintor naturalista, mas cedo enveredou pelo protocubismo cezanniano em termos de forma. Em 1915, conheceu o Orfismo e os Delaunay e passou a produzir quadros inspirados na plástica órfica;

ú   Amadeo de Souza – Cardoso – experimentou várias correntes, do Naturalismo ao Expressionismo e ao Cubo – Futurismo. Tudo isto provocou – lhe uma reflexão plástica entre o Cubismo e o Abstracionismo. Do primeiro apropriou – se da geometrização das formas, transformadas em planos facetados, quase sempre intensamente coloridos, restringindo e distorcendo a perspetiva e interligando as figuras através de superfícies delineadas ou de riscos oblíquos e da introdução de letras e de outras matérias, mas orientando – se por leis próprias de composição e invenção; do abstracionismo adaptou os ensinamentos de Robert Delaunay sobre discos coloridos e aplicou – os à paisagem, transformando folhas e árvores em manchas esféricas de cor tímbrica. Ficou célebre pelas suas máscaras, pelas naturezas – mortas (pintadas em planos de cores claras, sugerindo o cubismo sintético, com números, letras soltas, frases publicitárias e círculos), pelas paisagens, aldeias e do folclore, e pelas violas, como em o Parto da Viola. A mistura harmoniosa do cubismo, do futurismo, do Expressionismo e de laivos de abstracionismo dificulta a classificação das suas obras. Foi também um inovador pelo uso dos materiais (pasta de óleo, areias), pelo recurso à colagem (fósforos, ganchos de cabelo, estilhaços de espelhos…), pela simulação cubista da introdução de letras. Ele mesmo se considerava de tudo um pouco – impressionista, cubista, futurista e abstracionista. Era essencialmente autêntico e apaixonado pelo movimento, pela velocidade, pela febre da vida moderna, como se constata pelo seu percurso artístico;

ú   Guilherme Santa – Rita -  vagueou entre o desafio conceptual. De certo modo, diluiu o contributo futurista de Amadeo porque se proclamava “futurista declarado há só um, que sou eu Santa – Rita”;

ú   Almada Negreiros – possui uma personalidade excêntrica, original e poliapta. Passou, nos anos 20, por uma pintura entre Arte Nova e o abstracionismo, entre a modernidade futurista e as raízes portuguesas. Após 1919, descontente com o ambiente cultural português, parte para Paris onde pinta auto – Retrato, que representa um cero regresso à ordem, dentro do movimento cubista. Os seus temas passam a refletir as vivências elegantes do seu tempo, cheias de afetividade. Foi um dos incentivadores do Modernismo.


O agravamento da situação político – económica e social e a ascensão das forças reacionárias e nacionalistas, fez com que o pensamento conservador se impusesse, como uma nova fase da vida artística onde as regras politicas comandavam a criatividade e aprisionavam a liberdade. Depois de 1930, o Modernimo ganhou definitivamente estatuto, mas era uma arte tutelada pelo estado, um “modernismo tranquilo”: “em vez de ajudar a arte a florescer, a arte oficial tornou – a estéril”, escreveu Jean Dubuffet.


3.1.2. A Caricatura

Nos finais do século XIX, a caricatura impôs – se com Rafael Bordalo Pinheiro. Outros nomes: José Pacheko, Amadeo de Souza – Cardoso, Stuart Carvalhais, Almada Negreiros, Jorge Barradas, Carlos Botelho, Mário eloy.
A caricatura continuou o seu papel de oposição institucionalizada, com grande autonomia de linguagem plástica e uma ironia mais sarcástica, satirizando as atitudes politicas, sociais, económicas, nacionais e estrangeiras.
Na década de 20, a linguagem formal era mais sofisticada e os temas estavam mais ligados à vida urbana, criticando realisticamente os padrões instituídos.
Salienta – se Stuart Carvalhais, que foi inovador ao utilizar as texturas das películas fotográficas para os seus desenhos, mas foi ainda mais original ao fazer uma autêntica crónica da vida quotidiana portuguesa (especialmente dos costumes populares das varinas, dos garotos, dos bêbados, das prostitutas), em desenhos rápidos, sem pormenores, mas expressivos, com um humor popular e brejeiro, tipicamente português.


3.1.3. A Escultura

Como aconteceu com a arquitetura, também na escultura permaneceu a sensibilidade oitocentista. Soares dos Reis e Teixeira Lopes.
Alguns dos nossos escultores sobretudo aqueles que estiveram em Paris, trouxeram modestas influências de Rodin, Bourdelle e outros, mas, na sua essência, continuaram naturalistas idealizados, com belas composições e execução exímia.
De entre esses salientam – se:
  • Diogo Macedo, aluno de Teixeira Lopes, autor de esculturas de feição clássica – a própria geometrização das obras é exemplo disso;
  • Francisco Franco, que, a par de uma certa tónica expressionista desenvolveu um forte sentido de monumentalidade e de volumetria.


3.2. A Arquitetura

A arquitetura portuguesa viveu três tendências artísticas paralelas, sequenciais e complementares:
  • Uma seguiu os esquemas académicos, ecléticos e formais da arquitetura e da decoração oitocentista;
  • Outra procurou a formulação da “casa portuguesa” através da recuperação dos valores tradicionais nacionais, na romântica, primitiva e rural “alma e cultura portuguesas”, tão defendida por Álvaro Machado e Raul Lino, numa tentativa de reportuguesamento da arte de construir. De facto, Raul Lino foi o mentor de uma maneira de “construir à portuguesa”, contra as influências das importações estrangeiras. Os grandes princípios eram agora mais consentâneos com o ambiente e com o terreno, atendendo às exigências da vida portuguesa, às condições higiénicas e aos seguintes princípios que deviam ser usados livremente:
      ú linha de cobertura sanqueada e arrematada pelo beiral, dito “à portuguesa”;
      ú emprego do alpendre;
      ú vãos guarnecidos de cantaria;
      ú caiação a branco e cor e emprego de azulejos;
      ú um certo ar amoroso de doçura, com sabor português.
  • Outra ainda que anuncia a introdução de tendências internacionais, que podemos designar Arquitetura Modernista Portuguesa, após 1925-30.
      ú A construção de prédios de arrendamento e de novos bairros, para a média burguesia, sem
        grandes preocupações estéticas, mas com bons materiais, incluindo o ferro. Eram prédios de cerca
        de seis andares com fachadas monótonas, muitas vezes revestidas a azulejos, a alvenaria ou com
        alguns elementos decorativos de tipo Arte Nova e com traseiras de fero e vidro;
      ú A construção de bairros sociais para classes populares, segundo processos técnicos muito débeis,
        devido ao atraso da industrialização;
      ú A edificação de bairros operários, como o Bairro do Comércio do Porto, e as chamadas “lhas
        operárias” do Porto, ou as vilas e pátios de Lisboa. Estes últimos constituídos por pequenos fogos
        que cresceram na vertical, devido às estruturas de ferro e apresentavam varandas e galerias do 
        mesmo metal.

E as construções oficiais ou continuavam com a arquitetura tradicional, eclética e revivalista, como o Hospital de D. Estefânia e a Estação de Santa Apolónia, ou seguiam uma arquitetura mais moderna, nas fachadas e na funcionalidade, ligada à tecnologia do ferro, como a Companhia dos Elétricos e dos Telefones.
Mas foi nas escolas, liceus, bancos, hospitais, termas, teatros, hotéis, fábricas e espaços verdes que a arquitetura melhor respondeu às necessidades especificas, embora com preocupações mais técnicas do que estéticas. Construídos por Adães Bermudes, Marques da Silva, autor dos projetos dos liceus Alexandre Herculano e Rodrigues de Freitas, no Porto, e Ventura Terra. Classificaram – se pelas construções classicizantes, sólidas, mas simultaneamente com uma arquitetura utilitária de grande clareza pragmática, num tempo de transição entre o ecletismo e uma arquitetura nova.
Surgiram também algumas fábricas, com esporádicos cuidados funcionais: espaço, luminosidade, acessibilidade de materiais e poucas preocupações estéticas.
Dentro do espírito da funcionalidade e da prevenção surgiram algumas preocupações quanto aos perigos dos tremores de terra e, por isso, os materiais foram questionados, aparecendo o ferro, o vidro e o cimento armado.
Se os ecletismos combateram as ideias novas da arquitetura, prepararam – na, também, para o movimento moderno.


3.2.1. A Arquitetura do Ferro e do Vidro

A utilização do ferro e do vidro na arquitetura portuguesa foi relativamente tardia e rara. As primeiras grandes obras foram o edifício da Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, o Palácio de Cristal, e a gare da Estação de Santa Apolónia.

Tipologias:
  • Estações de caminhos – de – ferro;
  • Pontes;
  • Mercados;
  • Salas de espetáculo;
  • Salões;
  • Coberturas;
  • Grandes Armazéns;
  • Elevadores;
  • Lojas, estufas, garagens, quiosques, mirantes, lavadouros, fábricas e até as novas tipologias urbanas.

Esta vasta aplicação deveu – se à facilidade do seu manejamento, à rapidez da sua montagem e à economia de meios.
Aos poucos os arquitetos foram utilizando o ferro e o vidro com sentido estético, quer quanto ao desenho, quer à função. Nos anos 20, o betão armado vulgarizou – se e foi substituindo a arquitetura do ferro e do vidro.


3.2.2. A Arte Nova

A arte Nova em Portugal sentiu de perto os princípios estéticos. Foi tardia, de pouca duração, admirada e aplicada com prudência, pela burguesia urbana, especialmente no Porto e em Aveiro.
Na arquitetura cresceu subsidiária da arquitetura tradicional, apesar de ter sido inovadora nos materiais e nas técnicas e de ser considerada uma arte bela.
Interveio, por isso, mais a nível da decoração, em trabalhos de serralharia, de cantaria ou de massa de cimento, ocupando portões, gradeamentos, varandas, escadarias, partes de fachadas, ou mesmo, esporadicamente, fachadas inteiras, como as dos “palacetes dos brasileiros” ou integradas em construções mais antigas coo padarias, leitarias, quiosques, cafés, restaurantes, lojas de modas, retrosarias, joalharias.

Os princípios estéticos da Arte Nova materializaram – se também:
o    Na pintura em Malhoa e Amadeo de Souza-Cardoso;
o    Na cerâmica, como nalgumas peças de Rafael Bordalo Pinheiro e trabalhos gráficos;
o    No azulejo.

A Arte Nova foi uma arte pontual que só a moda justificou.


Max Artes - Aratuba.